Amor: os 3 tipos de amores dos gregos
Os gregos antigos tinham mais que uma palavra para definir o amor. Isso porque para eles amor não era só aquele que sentimentos quando estamos em um relacionamento amoroso. Os 3 tipos amores definidos pelos gregos e utilizados por muito autores até os dias atuais são: Eros, Philia e Ágape.
Além disso, esses amores são discutidos na filosofia no questionamento da “natureza do amor”.
Eros (ἔρως)
Primeiramente, Eros é o amor romântico. Ele é caracterizado pelo romance, pela paixão e pelo desejo, além de estar associado ao prazer, à atração física e ao sexo.
Para Platão, embora eros seja sentido em disposição a uma pessoa, o eros é transformado numa apreciação da beleza trazida na alma. Platão acredita que tanto filósofos quanto amantes buscam a verdade através do eros.
Eros é o nome do cupido na mitologia grega, que, com suas flechas, causava uma atração física entre os humanos.
Philia (φιλία)
Philia significa “amizade”, porém não remete apenas ao termo. A Philia engloba, também, a lealdade, a família e a comunidade. Dessa forma, o termo trata apenas sobre a ação que o agente pratica, mas, além disso, é preciso, também, visar o bem do outro.
Ademais, a Philia é caracterizada por ser sincera, recíproca, pura e ultrapassa, até mesmo, Eros. Em razão disso, é sábio priorizar a Philia sobre as outras formas de amor mais passageiras.
Segundo Aristóteles, “as coisas que fazem a amizade ser o que é: fazer gentilezas, fazê-las sem ser convidado, e não proclamar o fato de tê-las feito”.
Por fim, é possível desenvolver a Philia com o seu parceiro. E, é a frase popular “meu melhor amigo é o meu amor”. Esse tipo de amor é o mais almejado e desejado, porque se trata de uma das conexões mais fortes que duas pessoas podem compartilhar.
Ágape (ἀγάπη)
Ágape significa “amor” no grego moderno. Essa palavra foi usada de diversas formas em variadas fontes literárias, incluindo a Bíblia. Esse é o amor por todos os seres. O verdadeiro ágape é caracterizada por uma conexão com a natureza, a humanidade e o universo. Para muitas pessoas ele.pode representar o amor de Deus pelo ser humano, do pai de todos, e amor de Jesus com os seus discípulos.
Platão e os antigos filósofos usavam o ágape para contrastar com o eros e o philia. Eles usavam o ágape para definir o amor a membros da família, de um grupo com afinidades em comum. Apesar de ter sido discutido pelos antigos filósofos gregos, o ágape era pouco presente nos manuscritos da época, e só foi ser mais usado na Roma Antiga, em carta para significar “prezado”.
Além disso, o ágape aparece muito na literatura bíblica no Novo Testamento. Por causa disso, muitos escritores cristãos desenvolveram inúmeras interpretações teológicas baseadas nessa palavra. Além disso, o ágape é ilustrado na Bíblica como autosacrifício e amor ao próximos, amigos e inimigos.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
Você deve estar logado para postar um comentário.