Transtornos Alimentares
Transtorno Alimentares
No mundo inteiro, a cada ano, milhões de pessoas apresentam comportamentos disfuncionais caracterizados como transtornos alimentares.
A grande maioria dos acometidos são crianças, adolescentes e mulheres jovens. Conforme dados do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, 1% das adolescentes desenvolve anorexia, que pode levar à morte por desnutrição. Entre 2 e 3% de mulheres jovens desenvolve bulimia, transtorno caracterizado pela ingestão de uma quantidade excessiva de alimento sendo que, depois, se provoca o vômito.
Dessa forma, nos dias de hoje as preocupações excessivas com o peso e a aparência corporal, influenciando o comportamento alimentar, são um fenômeno generalizado e preocupante.
Transtornos Alimentares mais comuns:
Anorexia
Pessoas que passam fome intencionalmente sofrem de um transtorno alimentar chamado anorexia nervosa. É um transtorno que se inicia, geralmente, na adolescência. Há considerável perda de peso, embora exista a percepção de que se está com excesso de peso. Por vezes, a hospitalização para evitar a inanição se faz necessária.
Aqueles que apresentam anorexia se submetem a longos períodos de jejum, apesar de terem a sensação de fome. Preocupa o fato dessas pessoas se acharem gordas, embora estejam extremamente magras.
A alimentação e o cuidado para não ganhar peso tornam-se uma obsessão. Há a presença também de comportamentos compulsivos com rituais alimentares e recusa de comer na frente de outras pessoas. Alguns podem entrar em rotinas perigosas de exercícios físicos no intuito de perder peso.
Além disso, esse distúrbio apresenta consequências na saúde como um todo. Há interrupção no ciclo menstrual para as mulheres que desenvolvem esse transtorno. Os homens com esse transtorno se tornam com freqüência impotentes.
Bulimia
A palavra “bulimia” tem origem do grego bous (boi) e limos (fome). Ingerir quantidades excessivas de alimento (orgia alimentar) e depois induzir o vômito, fazer jejuns prolongados ou fazer uso de laxantes no intuito de eliminar o alimento é a característica principal deste transtorno.
Alguns praticam exercícios físicos excessivamente para queimar as calorias ingeridas, porque atuam sob forma de comportamentos compensatórios.
Entretanto, muitos conseguem esconder o problema durante muito tempo, ao manter um peso normal ou pouco acima do normal com os comportamentos de eliminar os alimentos. Os familiares, amigos e profissionais da área de saúde podem ter dificuldade em diagnosticar a bulimia. A bulimia também tem início, na maioria das vezes, na adolescência.
Comer excessivamente pode servir como um alívio fisiológico e psicológico da dor, ansiedade, ou entorpecimento.
Transtorno do Comer Compulsivo
Este transtorno se parece muito com a bulimia. Caracteriza-se também pela ingestão de quantidades excessivas de alimento. Contudo, a diferença é que no transtorno do comer compulsivo não há a eliminação forçada dos alimentos.
É comum o relato de que se perde o controle quando se come. Já que a ingestão ocorre mais rápido que o normal, a fome não é o que direciona ao alimento. Muitas vezes e come-se sozinho por se envergonhar da maneira e do quanto se come.
As pessoas com esse transtorno só param de comer quando se sentem desconfortavelmente empanturradas de comida. Todavia, é muito comum o sentimento de arrependimento, culpa e depressão após os episódios.
São pessoas que apresentam peso acima do normal, embora, apresentam em sua história, variação de peso. A freqüência também é maior em mulheres.
Fique atento ao que pode desencadear episódios de comer compulsivamente. Tais como, perdas, rompimentos afetivos, dificuldades no relacionamento interpessoal, frustrações, rejeições podem preceder as crises. É importante aprender a lidar com essas situações.
Causas e complicações
Entre os transtornos mentais, os transtornos alimentares são responsáveis pelos maiores índices de mortalidade em mais de 10% dos pacientes.
Conforme pesquisas, os fatores genéticos, o metabolismo e o ambiente de pessoas que desenvolvem o transtorno alimentar. As causas parecem ser complexas. No entanto, é unânime o papel sócio-cultural e psicológico no aparecimento dos sintomas e desencadeamento de crises.
Ansiedade extrema e episódios depressivos tem alta correlação com os transtornos alimentares.
Tratamento
Os transtornos alimentares são melhor tratados quando são diagnosticados precocemente. É, no entanto, difícil o diagnóstico, pois o paciente pode negar os sintomas e o problema. Há necessidade de um profissional da área de saúde habilidoso para constatar o transtorno. Em alguns casos, o tratamento é de longa duração. A intervenção medicamentosa se faz necessária em boa parte dos casos e a psicoterapia é obrigatória.
O ideal é o tratamento que inclua um clínico, um nutricionista, um psicólogo individual e familiar e um psiquiatra.
Para os adeptos da Terapia Comportamental, comportamento é o que uma pessoa faz, o que pensa e o que sente. Portanto, esse profissional também leva em consideração os processos cognitivos, sensações, percepções, sentimentos, pensamentos e outros comportamentos.
Por isso, a Terapia Comportamental, nesses casos tem se mostrado uma abordagem psicológica muito eficaz, ao contrário das abordagens psicodinâmicas.
Ela tem como objetivos:
Desenvolver o comportamento alimentar adequado;
Modificar os padrões de pensamento distorcidos e rígidos (crenças disfuncionais);
Aumentar a auto-estima, motivar a persistência no tratamento;
Proporcionar apoio emocional;
Reinserir a pessoa no meio social e auxiliar a modificação do meio que produz o transtorno alimentar.
A Terapia Comportamental pode auxiliar, também, os familiares, orientando-os em condutas que auxiliem a melhora daqueles que desenvolveram o transtorno alimentar.
De acordo com Estudos do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, a conjugação de Terapia Comportamental com tratamento médico apoiado em remédios anti-depressivos tem sido muito benéfica àqueles com transtornos alimentares.
Por fim, o que a família pode fazer?
Entender, em primeiro lugar, que não se trata de um problema simples e que a solução não é simples. É importante que se tenha calma e persistência no tratamento. Por isso, a família pode auxiliar seguindo as orientações do profissional ou profissionais de saúde que estiverem acompanhando a pessoa que apresenta o transtorno.
Além disso, ler sobre o assunto pode auxiliar, mas, adotar novos comportamentos no ambiente familiar é essencial para a cura.
Existem algumas características comuns entre as famílias dos que desenvolvem transtorno alimentar. É comum haver falta de regras claras no ambiente familiar ou até mesmo o excesso de regras.
A família tem um papel importante de apoio no diagnóstico e durante o tratamento.
Contudo, famílias que reforçam a preocupação excessiva com a aparência física, que valorizam o corpo ou que tem uma preocupação com regimes, podem piorar o quadro.
Tratamento para transtornos alimentares em Brasília
O Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Brasília oferece psicoterapia individual que é uma alternativa para o tratamento de transtornos alimentares. Por isso, entre em contato e marque uma consulta. Fone: (61) 3242-1153
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
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