Necrofobia: medo de coisas mortas
O que é necrofobia?
A necrofobia é uma fobia específica de coisas mortas. Tal fobia gera um desconforto e ansiedade na pessoa quando ela vai em velórios e necrotérios. Como se trata de uma fobia, a necrofobia é irracional, exagerada e desproporcional em relação ao tamanho do risco que coisas mortas oferecem.
A pessoa, só de imaginar em uma situação em que tenha algo ou alguém morto, pode ter crises de ansiedade e ataques de pânico. Dessa maneira, a fobia pode estar relacionada a hematofobia, medo de agulhas e injeções, e medo de se machucar. As causas da necrofobia ainda são desconhecidas pelos pesquisadores.
Ainda, a necrofobia pode estar associada a tanatofobia, que é o medo de morrer. A diferença das duas fobias é que, enquanto a necrofobia é ligada a cadáveres, morte, enterros e caixões, a tanatofobia é ligada ao “ato” de morrer.
Sintomas
Os sintomas da necrofobia são parecidos com as demais fobias. São eles:
- ansiedade,
- ataque de pânico,
- taquicardia,
- sudorese,
- tremores e desmaios,
- náuseas,
- dor de cabeça e enxaqueca,
- falta de ar e hiperventilação,
- tensão muscular.
Ademais, pessoas com necrofobia evitam ir em velórios, cemitérios, enterros ou necrotérios.
Em casos mais extremos, a pessoa evita ver filmes, livros ou obras de arte em que apareçam os gatilhos de sua fobia. Por fim, para pessoas com necrofobia, o fato de estar envelhecendo pode lhe trazer uma grande angústia, já que a velhice está associada à morte.
Tratamento
A principal forma de tratamento para a necrofobia é com sessões de psicoterapia. Primeiramente, o psicoterapeuta vai analisar, em conjunto com o paciente, o porquê da pessoa ter essa fobia, observando possíveis traumas.
Duas terapias que têm se mostrado eficazes são a terapia de exposição e a de dessensibilização sistemática. Com elas, o psicoterapeuta expõe o paciente de forma progressiva a diferentes situações que podem desencadear a fobia. Tais situações são gradativas, começando com uma em que não apresente tanto “perigo” até a que apresenta um “perigo” maior. Tais terapias têm como objetivo diminuir a ansiedade da pessoa ou torná-la controlável.
Por fim, em casos mais graves, é preciso que o paciente faça uso de psicofarmacológicos para controlar os sintomas.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.