Você é amigo(a) do seu cônjuge?
“No coração da abordagem dos Sete Princípios está a simples verdade de que os casamentos felizes são baseados numa amizade profunda.
“Com isso, quero dizer respeito mútuo e prazer da companhia um do outro.”
“Esses casais tendem a se conhecer intimamente. Eles são bem versados nos gostos; desgostos; peculiaridades da personalidade; esperanças e sonhos um do outro”.
Não me canso de citar John Gottman nos meus posts.
Um dos motivos para a minha admiração e respeito é o fato de ele utilizar uma metodologia extremamente refinada para coletar dados. A observação e registro do comportamento humano no Love Lab. Iniciado na Universidade de Washington.
Além disso, percebo nele uma sensibilidade incomum aos terapeutas de casais. Uma lapidação humana e constante, que forma o terapeuta preparado para além do conhecimento científico.
Compartilho da mesma visão que o autor. É a amizade e intimidade que traz, aos casais, uma conexão especial.
Assim sendo, é o companheirismo que os faz pensarem sempre um no noutro, cuidarem sempre um do outro e tornarem o outro alvo de investimento constante.
Mas, calma, Gottman não está propondo o encontro de “almas gêmeas”, mas sim o desenvolvimento e aprimoramento da atitude amigável no relacionamento.
Mas, afinal, você é amigo(a) do seu cônjuge?
Quantas vezes você procurou participar das atividades que o seu parceiro(a) considera importante?
Quantas vezes você procurou ouvir a música preferida dele(a)?
Ou, ainda, quantas vezes, você estimulou uma conexão maior com ele(a) por meio de longa conversa sem hora pra terminar?
Dessa forma, a atitude de relacionamento se constrói no dia a dia.
Se você ainda não é amigo do seu cônjuge, procure construir essa amizade e uma boa proposta é perguntar a ele(a): – O que você quer fazer hoje à noite? E, neste final de semana, podemos montar uma programação de acordo com os seus interesses?
Por Fábio Caló, psicólogo.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil