Transtorno de Personalidade Borderline
O que é?
O transtorno de personalidade limítrofe ou borderline é um transtorno de saúde psicológica que atinge a forma que a pessoa se relaciona com si mesma e com os outros. O transtorno inclui problemas de autoimagem, de dificuldade de lidar com emoções e comportamentos e, também, de relações instáveis.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V), o transtorno é caracterizado por instabilidade limítrofe no psiquismo da pessoa, o que afeta o jeito da pessoa ser e se comportar.
Em geral, o transtorno começa no fim da puberdade e início da fase adulta. A condição pode parecer mais intensa no início da fase adulta e tendem a melhorar gradualmente com a idade.
Quais as causas?
As causas do transtorno de personalidade borderline não são, ainda, compreendidas. No entanto, as pesquisas apontam que os principais fatores são:
- Genética: pessoas que possuem familiares próximos com casos de borderline têm maior probabilidade de desenvolver o transtorno.
- Fatores ambientais: pessoas que passaram por situações traumáticas na vida, principalmente na infância, como abuso físico e sexual, têm maior risco de desenvolver o quadro.
- Função cerebral: o sistema de regulação emocional pode ser diferente em pessoas com o transtorno, o que resulta em uma base neurológica para alguns sintomas. Em específico, as partes do cérebro que lidam com as emoções e tomadas de decisão pode não se comunicar de maneira ideal com as outras.
Sintomas de borderline
Como citado anteriormente, o transtorno borderline afeta a vida da pessoa e, também, os relacionamentos. O principais sintomas podem incluir:
- Medo extremo do abandono.
- Padrão de relacionamento instável e intenso.
- Mudanças rápidas da autoimagem e da autoidentidade.
- Períodos de paranóia relacionada ao estresse e a perda de contato com a realidade, que pode durar minutos a horas.
- Comportamento impulsivo e arriscado.
- Ameaças suicidas, comportamentos ou automutilação.
- Mudanças de humor amplas que duram de algumas horas a dias.
- Sentimento contínuo de vazio.
- Raiva intensa e inapropriada.
Diagnóstico
O diagnóstico do transtorno de borderline não é baseado em um sinal ou sintoma específico e, também, não há um exame médico particular para diagnosticar esse quadro.
Desse modo, o diagnóstico é feito com um profissional da saúde mental, como um psicoterapeuta. E, ainda, é feito uma série de entrevistas clínicas abrangentes, por exemplo sessões de terapia, conversas com o paciente, revisão de avaliações e dicas anteriores e conversas com amigos e familiares.
Tratamento de borderline
O transtorno borderline é caracterizados por ter um tratamento difícil. No entanto, com o tratamento adequado baseado em evidências, as pessoas com o transtorno relataram uma diminuição da gravidade dos sintomas e uma melhora na qualidade de vida.
Assim, é importante que os indivíduos que apresentam esse quadro procurem um tratamento especializado e eficiente, como a Terapia Comportamental.
Ainda, outros tipos de tratamentos alternativos, como meditação, acupuntura e musicoterapia pode ajudar na diminuição dos sintomas.
Por fim, o uso de medicamento é, também, indicado nesses casos. Afinal, com o acompanhamento psiquiátrico os sintomas relacionados com a ansiedade, depressão, mudança de humor e impulsividade podem ser controlados.
Condições relacionadas
O transtorno de borderline, em geral, é difícil de diagnosticar e tratar. O tratamento eficiente tem que incluir quaisquer outras condições que o paciente possa ter. As principais condições que pessoas com borderline, também, descrevem são:
- transtorno de ansiedade;
- transtorno do estresse pós-traumatico;
- transtorno bipolar;
- depressão;
- transtornos alimentares, principalmente bulimia nervosa.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
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