Entomofobia: medo de inseto

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O que é?

A entomofobia é conhecida também como insectofobia ou insetofobia. Além disso, é caracterizada por ser um medo ou uma aversão excessiva aos insetos. 

As pessoas com o quadro tendem a ter uma visão distorcida sobre os bichos. Desse modo, o quadro afeta, de forma significativa, a qualidade de vida dos indivíduos e precisa de tratamento psicológico. 

Em casos graves, a pessoa pode ter uma repulsa tão grande que evita sair de casa e deixa de fazer atividades cotidianas para evitar o contato com os insetos. 

Ainda, há pacientes que desenvolvem outras condições psicopatológicas em detrimento da fobia, como a síndrome de Ekbom

Ademais, em casos extremos, a pessoa pode ter atos de automutilação ou de coçar intensamente para tentar tirar os insetos, que acredita estarem em seu corpo, o que pode gerar quadros de infecções.

Por último, algumas pessoas com entomofobia podem ter também outros transtornos psicológicos, tais como:

  • Transtorno de Ansiedade.
  • Transtorno obsessivo compulsivo. 
  • Depressão.

Sintomas da entomofobia

Alguns sintomas da entomofobia são semelhantes aos das fobias comuns. Assim sendo, os principais sintomas e sinais são:

  • Ansiedade aguda na presença de insetos ou apenas ao pensar neles.
  • Tremores, sudorese, tonturas e desmaios.
  • Choro e sensação de paralisamento ou de fugir do inseto.
  • Limpeza excessiva e graus de automutilação.
  • Isolamento social e visitas frequente aos médicos.

Por conseguinte, há pessoas que continuam a sentir esses sintomas durante meses e, até mesmo, anos sem perceber que tem a entomofobia. Afinal, os sintomas podem ser considerados apenas sinais normais de medo.

Ainda, há diferentes níveis de medo e mais da metade das pessoas com o quadro consideram que lidam bem com a entomofobia e não procuram tratamento.

Causas

As causas da entomofobia ainda não são concretas. No entanto, pesquisadores e profissionais da Psicologia acreditam que as razões estejam divididas em:

  • Ambientais: pessoas que têm contato com mofo, pole, alérgenos ou formaldeído podem desenvolver irritações na pele e acreditar que, na verdade, seja algum inseto que andou sobre ele. 
  • Situações traumáticas: pessoas que tiveram algum tipo de situação ruim envolvendo insetos, principalmente durante a primeira infância, têm maiores chances de desenvolver o quadro. 
  • Depressão e ansiedade: pessoas com esses transtornos psicológicos têm maiores possibilidades desenvolverem a entomofobia.
  • Genética: pessoas com parentes próximos com quadros de fobias podem desenvolver a insectofobia com maior facilidade. 

Tratamento da entomofobia

A entomofobia é, ainda, um quadro pouco divulgado e, diversas vezes, é classificada como outro tipo de fobia. 

Dessa maneira, é comum que muitas pessoas entofóbicas visitem diferentes médicos e especialistas atrás de um diagnóstico.

Assim, a principal forma de tratamento é por meio da psicoterapia. A terapia comportamental é uma das abordagens mais eficientes e adequadas para a entomofobia.

A terapia de exposição é uma das metodologias utilizadas durante o tratamento, em que a pessoa é exposta à diferentes imagens e vídeos de insetos e tenta controlar os sintomas de ansiedade

Em casos graves a medicação, como o uso de antidepressivos, podem ajudar no controlo dos sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoas. Por fim, terapias alternativas podem ser formas diferentes de tratamento, como a meditação.

Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.

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