Falta de moradia na infância está ligada a resultados ruins em relação à saúde de mães e crianças
Crianças abaixo de 12 meses de idade que passaram pela experiência de desabrigo correm o risco de saúde e desenvolvimento precários. Comparado com seus pares em famílias alojadas.
Esses resultados demonstraram a importância de novas famílias abrigarem crianças sem moradia. Com o intuito de ajudar a prevenir os efeitos de saúde precária e desenvolvimento abaixo da média.
Para esse estudo, pesquisadores entrevistaram famílias de crianças pequenas em departamentos de emergência e clínicas de cuidados primários em Boston; Baltimore; Minneapolis; Filadélfia; e Little Rock.
No período entre maio de 2009 e dezembro de 2015. Das 9.980 famílias entrevistadas, três por cento responderam que experimentaram falta de moradia durante o primeiro ano de vida do seu bebê.
Comparados com crianças pequenas e mães de famílias alojadas, crianças que experimentaram o desabrigo eram muito mais propensas a ter uma saúde precária e apresentar atraso no desenvolvimento.
Além disso, mães se mostraram mais propensas a reportarem saúde precária e sintomas de depressão.
As famílias
Famílias de crianças pequenas que passaram por desabrigo se mostraram mais propensos a dizer que não se mostraram capazes de oferecer comida o suficiente. Conhecido como insegurança alimentar.
E que membros da família eram incapazes de oferecer cuidados médicos ou prescreverem medicamentos comparados com famílias alojadas.
“Nós também nos referimos a ‘resiliência’ quando falamos sobre crianças expostas a dificuldades enquanto são pequenas;” diz Diana Cutts, MD, a primeira autora do estudo, Co-LíderPrincipal investigadora do Children’s HealthWatch. Além disso, cadeira interina de Pediatria em Hennepin County do centro médico em Minneapolis.
“Não devemos nos enganar sobre os reais impactos a longo prazo que temos visto”.
De acordo com a administração federal para Crianças e Famílias, infância é o período da vida onde a pessoa é mais suscetível a viver em um abrigo.
Dadas as implicações negativas para a saúde de desabrigados, para mães e crianças pequenas durante o primeiro ano de vida; os autores do estudo recomendam políticas e programas para prevenir a falta de moradia.
Aliás, eles também destacam para o desenvolvimento e financiamento de intervenções.
Como parcerias entre sistemas de cuidados a saúde e habitação; e promoção de serviços sociais para coordenar habitações e outros recursos relacionados à saúde e recursos para famílias desabrigadas com crianças pequenas.
Tradução: Leonardo Murilo Leão, acadêmico de Psicologia – Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil