Tripofobia
Você já sentiu uma sensação muito ruim ao observar imagens de uma colmeia de perto? Ou se sentiu incomodado com a fotografia de um morango em zoom? Essa grande aversão a um padrão de buracos tem sido classificada como tripofobia.
A tripofobia é um termo famoso na internet, mas não é oficialmente reconhecida pelas comunidades médicas e científicas. O Manual Diagnóstico e Estático de Transtornos Mentais não descreve a doença e, além disso, muitos profissionais não confirmam sua existência.
No entanto, diversas pessoas declaram uma repulsa ou medo patológico ao ver um aglomerado de furos, padrões e buracos.
Então, o que é tripofobia? Quais os sintomas? Há tratamentos? Essas e outras dúvidas serão abordadas nos tópicos seguintes.
O que é Tripofobia?
A palavra tripofobia, do grego trypo, significa buraco ou cavidade. É caracterizada por ser uma grande aversão ou um medo extremo de um conjunto de padrões geométricos, naturais ou artificiais.
Dessa maneira, quando a pessoa visualiza esse tipo de acumulado, apresenta sensações de repulsa, medo, enjôo, entre outros.
Os estudos sobre tripofobia, ainda, são escassos. Porém, pesquisas começaram a ser desenvolvidas com a popularização do termo na sociedade.
Em casos de tripofobia as pessoas apresentam sensação de desconforto, medo e angústia por, até mesmo, objetos do cotidiano. Por exemplo, superfície de um queijo suíço e vagens de sementes.
Os outros possíveis gatilhos e os outros prováveis sintomas serão descritos no tópico seguinte.
Sintomas de Tripofobia
Há pouca informação científica sobre tripofobia, mas os principais gatilhos da doença, geralmente, são:
- morangos;
- bolhas;
- favos de mel;
- vagens de sementes de lótus;
- entre outros.
Por conseguinte, os sintomas de tripofobia são similares aos sintomas de outras fobias específicas. Dessa forma, após se deparar com imagens, com objetos e com animais que são gatilhos, as pessoas, normalmente, apresentam sintomas como:
- arrepios;
- sentimento de repulsa;
- sentimento de desconforto;
- ataques de pânico;
- sudorese (suor excessivo);
- náusea;
- tremores.
Causas
Por se tratar de uma doença, ainda, não reconhecida pela comunidade científica, a tripofobia não apresenta uma causa oficializada.
Porém o pesquisador Tom Kupfer, da Universidade de Kent e An T. D, da Universidade de Essex, apresentaram uma teoria sobre a origem da patologia. De acordo com os pesquisadores, a fobia é uma forma de evolução para evitar o contato com doenças infecciosas, como furúnculos.
Os cientistas, Arnold Wilkins e Geoff Cole, também embasaram essa teoria. Antigamente, milhares de anos atrás, os primitivos utilizavam dessa técnica como uma forma de instinto para evitar buracos e criaturas peçonhentas, por exemplo, o polvo-de-anel-azul.
No entanto, sentir nojo de situações que podem gerar doenças, tal como, uma pele infectada por parasitas, não significa que você apresente um quadro de tripofobia. Afinal, é normal sentir aversão por situações ou por objetos que possam acarretar algum tipo de doença.
Desse modo, a tripofobia se caracteriza por uma versão exagerada e generalizada dessa “resposta” adaptativa.
As pessoas com essa fobia apresentam uma repulsa tanto com imagens que podem gerar uma doença quanto com imagens inofensivas.
Por fim, diferente das fobias comuns, a tripofobia está mais relacionada ao sentimento de nojo do que de medo. E não é necessário, por exemplo, ter tripofobia pra sentir nojo de um vídeo de filhotes de Suriname nascendo.
Tratamentos
A tripofobia é tratada, em alguns países, como uma forma de de transtorno de ansiedade. O tratamento é feito por meio de auxílio psicológico, através da:
- Terapia de exposição.
- Dessensibilização sistemática.
Além disso, o auxílio psiquiátrico auxilia na redução da ansiedade por meio da utilização, por exemplo, de beta-bloqueadores e sedativos.
Portanto, é necessário buscar um psicólogo ou psiquiatra para a confirmação do diagnóstico e, também, para seguir a melhor forma de tratamento.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil
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