Bulimia

O que é bulimia?

A bulimia, ou também chamada bulimia nervosa, é um transtorno alimentar grave. O transtorno afeta pessoas de gêneros e de idades variadas.

Pessoas bulímicas apresentam um processo cíclico. Dessa forma, o quadro apresenta duas fases: 

  • Compulsão: ingestão excessiva de alimentos.
  • Purga: maneiras de eliminar o excesso de comida do corpo.

Diferente das pessoas “normais”, a pessoa bulímica não consegue controlar o quanto ou com que rapidez está comendo. Desse modo, há indivíduos que declaram que se sentem desconectados do que estão fazendo.

Ademais, é comum que os alimentos ingeridos, durante uma crise, sejam coisas que a pessoa normalmente recusaria. As pessoas com bulimia normalmente se preocupam exageradamente com seu peso e podem ter uma visão distorcida da sua autoimagem.

Causas da bulimia

A bulimia é causada por razões multifatoriais, como alterações neuroquímicas cerebrais e, até mesmo, pressão estética e a busca por um corpo “ideal”.

Dessas forma, os principais fatores que favorecem o surgimento da bulimia são:

  • Pressão estética e padrões de beleza.
  • Pressão familiar e social.
  • Alterações neuroquímicas cerebrais.
  • Predisposição genética.
  • Entre outros.

Sintomas

Os pacientes bulímicos geralmente têm um peso “normal” e escondem a doença de outras pessoas. Em razão disso é muito difícil identificar a bulimia. 

Os sintomas tendem a aparecer no início da puberdade. Ainda, indivíduos com baixa autoestima têm maiores chances de desenvolver o quadro.

estudos que comprovam que o quadro de bulimia é mais comum em mulheres do que em homens.

Além disso, as pessoas bulímicas, normalmente, têm receio em buscar ajuda. É normal perceber primeiros os sintomas psicológicos, como alteração de humor. 

Assim, a bulimia tem sintomas similares com outros transtornos alimentares, como a anorexia. Portanto, os sintomas da doença se dividem em dois segmentos que são os físicos e os psicológicos/emocionais/comportamentais.

Sintomas físicos

Alguns sintomas físicos são:

  • Ter uma perda ou ganho de peso, de forma constante.
  • Ter cãibras no estômago e problemas com outros quadros gastrointestinais.
  • Ter dificuldade de concentração.
  • Apresentar resultados laboratoriais alterados, ou seja, casos de anemia, baixo nível de tireóide e hormônios, baixo potássio, entre outros.
  • Ter tontura e desmaio.
  • Sentir frio o tempo inteiro.
  • Possuir problemas dentários, como cáries, sensibilidade dentária e mau hálito.
  • Apresentar calos nas costas das mão devido a alta indução ao vômito.
  • Ter o sistema imunológico prejudicado.

Sintomas psicológicos, emocionais e comportamentais

Os principais sintomas psicológicos, emocionais e comportamentais são:

  • Evidências de compulsão alimentar, por exemplo, desaparecimento de grandes quantidades de alimentos em um curto período de tempo.
  • Evidências de comportamento de purgação, como idas frequentes ao banheiro após as refeições.
  • Desenvolvimento de rituais alimentares e, também, de seletividade alimentar.
  • Práticas de dietas excessivas, desregulares e sem o acompanhamento profissional adequado.
  • Medo de comer em públicos ou com outras pessoas.
  • Consumo excessivo de água e/ou bebidas não calóricas.
  • Obsessão com alimentos e extrema necessidade de contar calorias.
  • Baixa autoestima, sentimentos de vergonha e ansiedade.
  • Sentimento culpa após realizar refeições.
  • Visão distorcida da sua autoimagem.
  • Ter desaceleração de batimentos cardíacos.
  • Vergonha ou desprezo pelo próprio corpo.

Formas de tratamento

Para o tratamento da bulimia é recomendado uma equipe multidisciplinar, ou seja, formada por psicólogos clínicos, psiquiatras, endocrinologistas e nutricionistas.

A terapia comportamental mostra bons resultados a longo prazo e, especialmente, quando associado ao uso de antidepressivos e estabilizadores de humor. 

Assim, os medicamentos antidepressivos podem ajudar no tratamento. Afinal, há diversos casos de bulimia que foram desenvolvidas a partir de distúrbios como depressão e ansiedade.

O gastrointestinal realizará uma avaliação clínica e nutricional completa e, também, tratará dos impactos e das lesões causados pelo uso decorrente de laxantes e diuréticos e pela prática de indução de vômitos.

Ademais, o nutricionista vai ser importante para prescrever uma dieta segura e saudável para o indivíduo bulímico. 

Por fim, não existem ainda métodos eficientes para a prevenção de patologias de transtornos alimentares. 

Entretanto, o esforço da sociedade para modificar os valores éticos sobre a cultura da magreza e do corpo “perfeito”, traz benefícios importantes para a saúde psicológica e física.

Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil

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